“Estamos prestes a entrar na era da medicina de precisão”

Barack Obama anunciou recentemente investimentos em um programa de medicina de precisão, que promete avançar as pesquisas oncológicas no mundo
Um alento neste dia Mundial do Câncer (4 de fevereiro) é o fato de que a medicina personalizada está avançando com técnicas cada vez mais precisas. Com isso, o mundo vive um momento de transformação em relação às pesquisas cancerígenas.
No dia 30 de janeiro, por exemplo, o presidenteBarack Obama anunciou um plano de investimento de US$ 215 bilhões para um programa de “medicina de precisão” (precision medicine, em inglês) - com o objetivo de construir uma base de dados que contenha informação genética, registros médicos e outros dados sobre mais de um milhão de americanos.
Os pacientes inseridos na base de dados serão voluntários e a intenção é ajudar profissionais de saúde e pesquisadores a entenderem melhor várias doenças, entre elas o câncer.
De acordo com o NIH’s National Cancer Institue, é sabido que a compreensão do câncer começa por identificar os genes e as proteínas consideradas anormais, que correm risco de desenvolver um tumor. Dessa forma, ao identificar e analisar as anormalidades, é possível o diagnóstico e determinar o desenvolvimento e utilização de terapias direcionadas.
“Depois de décadas de pesquisa, estamos prestes a entrar em uma nova era de práticas medicas, onde a informação genética e outras informações moleculares são rotineiramente usadas em prol da eficácia e remédios específicos para o tratamento. Estamos prestes a entrar na era da medicina de precisão”, descreve o NCI em sua página online.
Do total de investimentos anunciado por Obama, cerca de US$ 70 milhões serão destinados a novas pesquisas oncológicas coordenadas pelo NCI. No âmbito da “medicina de precisão”, o NCI vai construir plataformas de informação para apoiar a integração da informação genética sobre como os tumores respondem às terapias. Este sistema foi vislumbrado em 2011 pelo Institute of Medicine (IOM).
O sistema do NCI irá incorporar dados genéticos, bioquímicos, comportamentais e clínicos de pacientes para a definição dos subtipos moleculares a fim de identificar abordagens mais precisas para o tratamento.
“Baseada no Big Data, a medicina com precisão utiliza os dados oriundos dos ensaios clínicos para a construção de modelos que preveem qual será a resposta ao tratamento.
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