Como a cultura de dados transforma o setor da saúde

Todos os dias o setor de saúde gera uma quantidade imensa de dados, que incluem históricos médicos, exames, prescrições, entre outros. Um dos principais desafios enfrentados por profissionais e organizações nessa indústria é a organização desses dados e sua transformação em informações relevantes para o negócio.
Nesse sentido, a análise de dados pode trazer grandes benefícios para o setor da saúde, como a melhoria na qualidade do atendimento e a redução de custos. Mas como a cultura de dados pode contribuir para isso? Basicamente, colocando os dados no centro das decisões, incorporando-os ao fluxo de trabalho e utilizando-os para embasar as decisões diárias; tais informações não devem ser apenas armazenadas para uso eventual, mas sim utilizadas como uma ferramenta impulsionadora dos negócios e das atividades.
Para o setor da saúde, que lida com tantas regras, procedimentos administrativos, fornecedores, parceiros e clientes, isto é especialmente importante: o uso estratégico dos dados confere ganho de eficiência no estoque, campanhas de marketing, elaboração de ofertas e melhora a jornada do cliente em sites, aplicativos e demais dispositivos eletrônicos. Ser orientado por dados é incluí-los em todos os processos de tomada de decisão.
No entanto, há um universo de particularidades que precisam ser levadas em conta quando se tem em foco o cliente do setor de saúde. Como entregar as mensagens mais precisas para cada perfil de cliente? Como gerir melhor os serviços prestados e aqueles com alta demanda? O uso dos analytics são os nossos melhores parceiros para vencer estes desafios: entender os perfis de clientes por gênero, geografia, horário de atendimento, idade, – o que for – faz toda a diferença para as lideranças de negócios e gestores de equipes.
As companhias mais inovadoras do ramo da saúde já investem no chamado “cuidado coordenado”, que consiste num uso sofisticado do perfil dos pacientes – com dados completos de saúde que podem incluir histórico médico, exames, vacinas, informações genéticas, hábitos físicos e alimentares – para prescrever orientações de saúde preventiva, com foco no que o paciente pode fazer para melhorar a saúde e o bem-estar e evitar complicações ou quadros crônicos.
E, do ponto de vista das entidades de saúde – como convênios e hospitais – ter uma visão global de seus pacientes no que diz respeito, por exemplo, aos que têm doenças crônicas ou estão mais propensos a desenvolvê-la, isto significa poder antecipar problemas e complicações, indicando mudanças de comportamento, tratamentos preventivos e antecipando também demandas futuras de atendimentos específicos – ou seja, um recurso altamente valoroso para um direcionamento mais proativo e inteligente de investimentos e despesas.
Isso porque a saúde não espera. Diante de tantos pacientes na fila é preciso inserir fluidez nos processos, especialmente considerando o contexto dos profissionais da saúde, que na época da pandemia ficaram tão (ou mais) sobrecarregados. Melhor organização de turnos, controle de despesas e velocidade em processos burocráticos também são algumas das vantagens que podem ser vistas de modo mais imediato no uso preciso de plataformas de analytics.
E as mudanças não param por aqui; na verdade, este é só o começo. Com a consolidação do 5G no Brasil, a nova geração de internet móvel que reduzirá de maneira significativa o tempo de resposta entre diferentes dispositivos, serão impulsionadas uma série de inovações de tecnologias e negócios, abrindo mais espaço para o big data, Internet das Coisas, edge computing e inteligência artificial. Como consequência, a nova era de conexões produzirá muito mais dados e informações para serem lidas, processadas e aproveitadas.
A análise de dados deve servir para ajudar líderes e gestores a tomarem decisões. Na área de saúde, remanejar profissionais, controlar estoques, prover os melhores serviços é um desafio gigantesco. É preciso fazer uso das tecnologias da informação para estar a par: isso permitirá que gestores, líderes, médicos, enfermeiros e demais profissionais da saúde tenham mais tempo para se concentrar em serviços críticos e atendimentos que requerem o olhar humano.
Fonte: www.portalhospitaisbrasil.com.br/
Publicações relacionadas
Ministérios da Saúde e da Educação homologam novas Diretrizes Curriculares Nacionais de Medicina
Os Ministérios da Saúde e da Educação homologaram, em 29 de setembro de 2025, as novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) do curso de Medicina, aprovadas por unanimidade pelo Conselho Nacion...
Mais de 80% dos hospitais privados dispõem de soluções de IA, mas 74% se sentem pouco preparados para as transformações
A maioria dos hospitais privados brasileiros já utiliza algum tipo de solução de inteligência artificial, mas muitos ainda não se sentem prontos para acompanhar as mudanças que essa tecnologia t...
Programa “Agora tem Especialistas” busca reduzir tempo de espera por atendimento em oftalmologia no SUS
O Ministério da Saúde lançou o programa “Agora tem Especialistas”, uma iniciativa do Governo Federal que tem como principal objetivo diminuir o tempo de espera por con...