Como o NHS tenta ser mais eficiente?

Não é só o sistema de saúde do Reino Unido que precisa estudar a fundo formas de aumentar a eficiência, para atender cada vez melhor a crescente demanda. Mas certamente podemos aprender com o caminho que eles estão perseguindo para equilibrar o trinômio: demanda, eficiência e financiamento.

O relatório de produtividade do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unidos (NHS – National Health Service), divulgado em junho de 2015, reportou que, entre 2013 e 2014, os hospitais gastaram £72 bilhões com assistência e destes, £45 bilhões foram gastos com força de trabalho (63% dos custos).

Cientes da falta de métrica para mensurar a eficiência, um grupo de 22 hospitais – dentre os mais de 1.200 do NHS – decidiu desenvolvê-la. Como? Colhendo os dados de cada instituição e promovendo comparações entre eles – como ferramentas de BI são capazes de fazer, por exemplo. O intuito foi identificar oportunidades para melhorar a produtividade. O projeto foi batizado de Adjusted Treatment Index (ATI).

Lideranças de diferentes áreas se engajaram no ATI como diretores financeiros, de enfermagem, chefes da farmácia hospitalar, e profissionais do Estado.

As mudanças e implementações ainda estão em processo, mas os resultados iniciais mostram que a maioria dos hospitais possuem boas práticas em diversos departamentos, mas todos têm aspectos a serem melhorados.

As principais áreas foco com vistas a melhorar a eficiência são: força de trabalho, farmácia hospitalar, Suprimentos/Compras (Procurement) e Estates Management. Para cada uma dessas áreas foram coletadas informações dos 22 hospitais a fim de entender as variações entre elas e as boas práticas a serem compartilhadas.

De acordo com as variações encontradas no que se refere aos pagamentos de colaboradores e desempenho, por exemplo, estimou-se a possibilidade de reduzir pelo menos £400 milhões nesta área.

Para a gestão de medicamentos, por exemplo, o ATI chegou em quatro princípios de otimização.

Os 22 hospitais gastam, em média, £1 bilhão com instalações (facilities) todo ano. Tudo indica que eles conseguem economizar aproximadamente 14.5%, o que representaria uma economia de £150 milhões por ano.

Outras possibilidades de economia encontradas foram:

Limpeza: £10 milhões

Energia: £12 milhões

Construção & Engenharia: £12 milhões

Lavanderia: £4 milhões

Desperdício: £3 milhões

Água & Esgoto: £1.7 milhões

Fonte: Saúde Web, 27/07/0215.