Desaceleração da economia ainda não afetou planos de saúde, diz entidade

O cenário econômico atual ainda não causou impacto na evolução dos beneficiários de planos de saúde no país, segundo a FenaSaúde (entidade que representa o setor). 
 
"Se a economia der mais mostras de esgotamento ou se as expectativas piorarem, em algum momento teremos uma taxa de crescimento menor, mas isso ainda não aconteceu", diz Marcio Coriolano, presidente da federação. 
 
De janeiro a março deste ano, o número de clientes de planos médicos subiu 4,65% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a entidade. O avanço foi maior que os 3,51% de alta no primeiro trimestre de 2013. 
 
"Não estamos com um otimismo exacerbado. O quadro atual poderá ser sentido pelo setor no início de 2015", diz o executivo, que também preside a Bradesco Saúde. 
 
"A saúde suplementar tem um ciclo diferente do de outros setores. Plano de saúde é um bem com uma elasticidade menor. Para que as pessoas decidam deixar de comprar, é preciso que o impacto seja muito grande." 
 
Também por causa da característica da área, o crescimento que o setor registra hoje ainda é influenciado pela evolução do emprego e da renda em anos anteriores, de acordo com Coriolano. 
 
No primeiro trimestre, o número de beneficiários de planos médicos subiu em um ritmo maior nas regiões Centro-Oeste e Norte. 
 
A alta de pequenas e médias empresas entre os contratantes do serviço é um dos motivos, diz a FenaSaúde.